Impiedosamente ele virá,

silenciosamente sem avisar a sua chegada,

esse anjo que me levará em seus braços,

um dia através da eternidade.

No meu momento de maior aflição,

ele me guiará através do desconhecido,

com seu cajado e sua face fúnebre,

com sua bata escura e sem nenhuma piedade.

O anjo que cruzará o meu caminho,

que vem do além para raptar todas as almas,

ele é dono do tempo e não há como fugir,

um dia ele virá repentinamente,

simplesmente esse anjo da morte,

que está por toda parte,

a morte está por toda parte.

Vai com o vento meu pensamento,
Vai eternamente e deixa-me só.

Vai some dos meus olhos,
Parte de mim silenciosamente,
Que por dentro sou tão carente.

Vai e cruza o céu,
O celeste infinito que não posso alcançar,
Mas não me deixes mais a chorar,
Por entre as nuvens e esse véu.

Vai que eu vou resistir,
Em tantas preces a minha dor,
Como um guerreiro e a sua espada,
Buscar a esperança que você roubou.