Anjo de Deus

Anjo de Deus estou a tua procura,
E nas trilhas desertas derramando clamor,
Nas noites tão frias não alcanço calor,
Ante a solidão que a minha alma tortura.


Anjo de Deus me afaste do pecado,
De não ter provado o sabor do mel,
Do descaso profundo do ser não amado,
Num amor buscado com gosto de fel.


Anjo de Deus dê um novo sentido a minha vida,
Ajude-me a renascer em meio às magoas,
E esquecer as chagas em mim contidas,
Se vou padecendo em tantas lágrimas,
Me vejo a vida tão subtraída.


Anjo de Deus sou seu seguidor,
E quero sua luz para viver em paz,
Já que sou sozinho e não encontro um amor,
Eu aqui estou condenado pela dor a sofrer demais.

- Rodrigo Cézar Limeira

Amor que morre

A flor do amor no meu peito morre,
Pálida, dormente, sem seu alarde,
Dói meu peito abandonado que arde,
Nas chamas da solidão em que sofre.


Esta flor, oh meu Deus eu lamento,
Ser tão bela nesta vida tão ingrata,
Sem sorte pro mundo que a maltrata,
Esfacelou-se em lágrimas ao vento.


Esta flor que a beleza me deixou,
Sem palavras, tão carente em mágoas,
Da musa tão eterna só restou,
A dor da sua ausência em minha alma.


Hoje sofro o estigma do desamor,
Do abandono que me aflige a todo segundo,
Os meus olhos já não choram por este mundo,
Que condena ao suplício esta flor.

- Rodrigo Cézar Limeira




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